Arrastando-se ao cume de alto monte,
Que o brioso animal vingar nem tenta.
O mundo é sempre assim, é sempre o mesmo;
Os esforços, os bens da sociedade
São sempre para quem menos carece.
Entre estes arvoredos lá diviso
Do Gigante da terra
A Coluna imortal, e a estátua egrégia,
Qu'inda parece ameaçar o mundo.
Ali vejo domado, e curvo o orgulho
Dos déspotas dos povos.
Ali a Liberdade
Sentada está no carro da vitória,
De louros coroada, mas sombria.
Ali vejo de Deus a onipotência,
Que ergue, quando lhe apraz, do pó um homem,
Para calcar dos Reis o cetro, e o orgulho.
Ali vejo o valor, vejo a justiça;
Grécia, e Roma ali vejo num só Gênio!
Seu corpo tem por túmulo um rochedo,
Onde continuamente o Oceano chora;
Seu grande nome a terra toda o sabe.