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Desaparece, passa como a nuvem,
Que o fúnebre palor da lua aumenta
Em sossegada noite;
Como um sonho, que agita a fantasia
De adormecido enfermo;
Ou como um pensamento malformado
No delírio da febre.

Mas como te olvidar, se a consciência
Ao grito da vontade se rebela?
E acintosa a memória inda conserva
Tua lembrança triste?
E sem cessar traidora fantasia
Malgrado meu me está representando
Mil desgostosas cenas?

Eterna ficará tua lembrança
À minha alma presente,
Para d'amarga vida despertar-me
Os passados reveses,
Como ao lado do altar pendente voto
O naufrágio recorda, e o salvamento.