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Ligeiro passa por Modena, e Parma;
Passa de Lódi a celebrada ponte,
Essa que o peso suportou ingente
Do Gênio das vitórias.

Passa o Apenino, e o Pó, e a Milão chega;
E em sua Catedral misteriosa,
Que prostrado me viu venerabundo,
Ao som do órgão sagrado, que reboa
Nas góticas abóbadas, respira
Religioso acento.

Mensageiro de dor, ah! não visites
Outros lugares, que o prazer inspirem.
Cansa o prazer ao homem quando é longo,
Mas tu, melancolia, jamais cansas
Aquém d'alma os arroubos saboreia.

Pela margem do lago, [1] que tranqüilo,
Azul-celeste e puro,
A vida da inocência simboliza,

  1. Lago Maggiore.