Império das graças, oh sexo mimoso,
Vós sois o princípio da nossa existência;
Dos nossos prazeres orige' inefável;
Sem vós que seríamos?
A lua que brilha num céu azulado,
E os raios argênteos no rio reflete,
É quadro bem lindo! porém vossas faces
Têm graças mais nítidas.
Os dias que alegres convosco passamos,
São horas bem curtas, são breves instantes;
E os breves instantes da ausência saudosa
São noites bem tétricas.
O canto das aves, que soa nos bosques,
É grato aos ouvidos do homem selvagem;
Porém vossas vozes têm mais melodia
Que as vozes dos pássaros.
A rosa tem cheiro que o ar embalsama,
A rosa tem cores que esmaltam os prados;
Porém para imagem da vossa beleza
A rosa é inválida.