Guardai-os, sim, qu'eu hoje os renuncio.
Adeus, ficções de Homero!
Deixai, deixai minha alma
Em seus novos delírios engolfar-se,
Sonhar co'as terras do seu pátrio Rio.
Só de suspiros coroar-me quero,
De saudades, de ramos de cipreste;
Só quero suspirar, gemer só quero,
E um cântico formar co'os meus suspiros;
Assim pela aura matinal vibrado
O Anemocórdio, ao ramo pendurado,
Em cada corda geme,
E a selva peja de harmonia estreme.
Já nova Musa
Meu canto inspira;
Não mais empunho
Profana lira.
Minha alma, imita
A Natureza;
Quem vencer pode
Sua beleza?