Vem, oh Gênio do céu filho!
Vem, oh Anjo d'harmonia!
Cuja voz é mais suave,
Mais fragrante que a ambrosia!
Teu rosto vence em beleza
Ao sol no zênite luzente;
Teu largo manto é mais puro
Do que a lua alvinitente.
As asas, que te suspendem,
São mais ligeiras que o vento;
São mais terríveis que os raios,
Que giram no firmamento.
Tua fronte não se adorna
Com flores que o prado gera;
Sobre teus cabelos de ouro
Brilha de fogo uma esfera.
Teus pés a terra não tocam,
A teus pés a terra é dura;
Sobre aromas te equilibras
Recendentes de frescura.