Enormes Alpes, açoutando as nuvens
Co'a coroa de gelo, e co'os penachos
De branca carambina, e verdes selvas;
Não retrograda o homem, não desmaia!
Quando sobre a cimeira o sol se encosta,
E a vista estende à profundez do vale,
O sol já no árduo afã vencendo o enxerga;
Quando transmonta o sol, o homem dá tréguas,
E descansa na já vencida estrada!
De dia em dia assim prossegue ovante;
Ora esbroa um cabeço mais supino,
E co'as ruínas desse outro nivela;
Ora sobe, ora desce, ora torneia,
Ora penetra a rigidez do monte,
Como a seta do Índio os ares rompe,
E a noite das abóbadas varando,
D'outro lado vai ver o céu, e o dia!
Quem tu és? Quem tu és, que podes tanto?
Tu convertes os bosques em cidades;
Marcas do sol o giro, e o dos cometas;
Do povo alado as regiões exploras;
Nem no mar a baleia está segura,