de sapé estendidos sobre a champa, Jão Fera com a cabeça na escabrura musgosa do rochedo que lhe servia de almofada, via pela fresta da caverna quanto passava nas faldas como nos píncaros do penhasco.

Quando por fatalidade o ameaçasse em seu covil tal força armada que lhe tirasse os meios de salvação, no último transe, perdida toda a esperança, bastar-lhe-ia deitado como estava meter o pé com força no seixo, para que este rolasse e partindo-se o tronco, o estilhaço tombasse esmagando-o a ele e a seus inimigos.

Se antes, enquanto dormia tranqüilo, a pedra se deslocasse com a dilatação do tronco, ou se aluísse a base sobre que assentava, nenhum cuidado lhe dava isso. Para ele, Jão, a vida fora sempre um contínuo perigo; sua índole precisava desse estímulo.