rubor. Com a confusão, naturalmente escapou-lhe a flor, que Miguel apanhou, e quis restituir; mas a mão trêmula da moça não recebeu senão a doce pressão.

— Quebrou-se o talo! disse ela rapidamente.

Era um motivo para rejeitar a flor, que não podia mais prender no decote, e o pretexto para dá-la ao moço em penhor de sua ternura. Fechando na palma o cravo, Miguel levou-o aos lábios e o beijou com efusão.

Berta, que a distância contemplava toda a cena com uma doce tinta de melancolia, sentiu arfar-lhe o seio, estremecido como a rola em seu ninho. Mas a mão comprimindo-o rápida, sufocou o turture queixume que se desprendia em um suspiro.