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de cada seção, sendo que o sistema operacional já vinha instalado da fábrica.[1]

A princípio, a ideia era informatizar um terço do eleitorado (100 milhões de eleitores na época), em capitais e municípios com mais de 200 mil habitantes em 1996. Conforme conta o Ministro Velloso, as primeiras urnas confeccionadas custaram R$ 70 milhões. O TSE ainda investiu R$ 5 milhões em publicidade, para ensinar as pessoas a utilizarem as urnas (valores em Reais no ano de 1996).

Em 1997, surgiu o modelo atual da Urna Eletrônica (modelo UE 2000), um aperfeiçoamento da urna original, reconhecida pelo Ministério da Ciência e Tecnologia, através da Portaria nº 413, de 27 de outubro 1997, também produzida pela OMNITECH.

Nas eleições seguintes, em 1998, aumentaram os municípios com uso da urna eletrônica para dois terços dos eleitores, de um universo de aproximadamente 106 milhões.

Em 2000, a eleição totalmente informatizada para os 109 milhões de eleitores brasileiros, presidida pelo Ministro Neri da Silveira, pôde ser considerada um verdadeiro sucesso.

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  1. Mendes, Paulo Sérgio Pinto. Tese de doutoramento “A urna eletrônica brasileira: uma (des)construção sociotécnica”. Universidade Federal do Rio de Janeiro.2010.