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maculavam a vontade popular. Bons tempos aqueles, tempos de sol.

Os convênios permaneceram vigentes mesmo após a implantação da urna eletrônica, dado que, a cada eleição que se seguia a 1996, procurava-se, como se procura, aperfeiçoar a urna eletrônica. O convênio com o Centro Técnico Aeroespacial – Instituto de Estudos Avançados encerrou-se em abril de 2005 e, com o INPE, em junho de 2013.

Artigo publicado no Estadão de 27.01.2021, trouxe à lume, em síntese apertada, os motivos que levaram a sociedade brasileira, sob a liderança do Tribunal Superior Eleitoral, a instituir o voto informatizado. As eleições na Primeira República, lembra Velgane Oliveira Carvalho, eram organizadas pelos governos locais, que se incumbiam da contagem dos votos; e a confirmação dos resultados era exercida por comissão do Poder Legislativo.[1] As eleições, na verdade, não expressavam a vontade dos eleitores. Faziam-se a bico de pena e levavam o apelido jocoso de eleições do “bicório”. No bojo da Revolução de 1930, vinha o desejo de os pleitos eleitorais expressarem a vontade popular. A solução seria a

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  1. Carvalho, Volgane Oliveira, “Os 90 anos do nosso primeiro Código Eleitoral”, “O Estado de S. Paulo”, 25/02/2022