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todas as teclas da urna. Foi um sistema considerado um sucesso, mas que foi possível apenas ao posicionar o rádio a menos de 30 cm da urna. Mesmo não sendo algo que seria utilizado durante as eleições para 'espionar' o voto do eleitor, a informação levou os técnicos do TSE a realizarem uma melhoria bem significativa na urna, uma blindagem no teclado, a fim de não emitir mais nenhuma onda e criptografar toda a informação digitada já no teclado.

Mesmo que as urnas não possuam qualquer ligação com a internet, nem equipamentos de hardware que o permitam, nem qualquer meio de comunicação, nos dias que antecedem as eleições, o TSE se prepara para qualquer tipo de ataque de hackers em seus sistemas.

O TSE também promoveu o primeiro teste controlado de invasão entre 10 e 13 de novembro de 2009. Nove equipes de possíveis hackers, com um total de 38 especialistas, foram inscritas para participarem do teste. Dos especialistas inscritos, 20 compareceram e tentaram, sem sucesso, quebrar os mecanismos de segurança das urnas eletrônicas. Esse teste foi supervisionado por sete instituições: Organização dos Estados Brasileiros, Câmara Federal, Exército Brasileiro, Serviço Federal de Processamento de

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