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CASOS DE FRAUDES

Em alguns casos, os problemas começavam antes da apuração. Um exemplo disso era a estratégia do “voto formiguinha”. Funcionava assim: um eleitor recebia a cédula do mesário, entrava na cabine de votação e colocava um papel qualquer na urna de lona. A cédula oficial, ainda em branco, era entregue, fora da seção, a uma pessoa, que assinalava os candidatos desejados e repassava a cédula preenchida a outro eleitor. Este tinha a incumbência de depositar esta cédula na urna, pegar outra em branco e levar novamente ao líder do esquema, e assim por diante. O resultado era a manipulação do pleito.

Havia ainda a tática das “urnas emprenhadas”. Como elas tinham apenas um cadeado e lacres de papel, muitas já chegavam “grávidas” à seção, isto é, recheadas de votos.

Arlindo Chinaglia, deputado federal por sete mandatos e que ocupou a presidência da Câmara entre 2007 e 2009, lembrou das diversas formas de fraudes ocorridas nas eleições com cédulas de papel: “era morto que comparecia para votar, rasuravam o voto do adversário durante a apuração... Em 1994 foi anulado o resultado das eleições para deputado estadual do Rio de Janeiro,