POR QUE CRIAR UMA
URNA ELETRÔNICA?
No capítulo anterior, vimos alguns exemplos de fraudes em eleições que utilizaram cédulas em papel. Nos mais de 5 mil municípios do Brasil, 5.570 em 2020, alguns em regiões mais distantes, a probabilidade de terem ocorrido mais fraudes, não comprovadas oficialmente, como voto formiguinha, compra de votos, voto de cabresto, urnas emprenhadas ou fraudes na apuração dos votos é assustadoramente grande.
A necessidade da urna eletrônica surgiu diante da morosidade da apuração dos votos das eleições com cédulas de papel, que era realizada por pessoas convocadas pela Justiça Eleitoral para um trabalho que, dependendo do município, poderia durar mais de três dias. Além disso, por mais confiabilidade que as pessoas convocadas pudessem ter, estavam sujeitas tanto ao erro, pois são humanas, quanto a favorecer o candidato de sua preferência.
Além de pôr um fim às fraudes, a intenção de se criar um sistema mecanizado era, também, facilitar a votação para o eleitor e otimizar, de alguma maneira, a apuração dos votos. E a ideia é antiga!
Criado em 1932, o Código Eleitoral, no seu artigo 57, citava o “uso