numa resolução, retrocedeu. O poeta seguia-o com o olhar, intrigado.
— Olha, Aurélio, preciso ficar só, deixa-me - é um caso. Se queres alguma coisa...
— Não, filho. Mas que diabo tens? Que foi isso? É com a rapariga?
Depois dum instante, forcejando um sorriso, Paulo afirmou: que era. Aurélio, maravilhado, riu daquela ingenuidade.
— Pois que... com dinheiro no bolso? Ainda estás muito peludo, homem. Aquilo é só abordar. Se queres, apresento-te.
Paulo fitou-o com um grande espanto nos olhos que faiscavam:
— Conheces?
— Não, mas é o mesmo. Isso a gente chega, fala e está pronto. É como um tílburi que se ajusta, que diabo...! Pareces criança. Queres?
— Não. Até amanhã.
Vendo-o decidido a deixá-lo, Aurélio reteve-lhe a mão e sussurrou:
— Tens aí uns miúdos?
— Tenho.
— Pouca coisa. Aquela infame batota deixou-me a tinir e estou com um apetite de canja que não te digo nada.
Paula passou-lhe uma nota.
— Obrigado. Então até amanhã e bonne chance!
Romperam aplausos estrondosos e a poeta, esticando-se nas pontas das pés, pôde ainda ver Eugénie, toda inclinada e risonha, a