rumor forte da chuva, que desabara, perguntou lacrimosa:

— Queres sair com este tempo?

— Então?

— Onde vais?

— Vou à polícia. Mas... mamãe não desconfia de alguém?

— Eu? eu, não; eu vivia sempre metida aqui dentro.

A negra resmungou: "Que Nhá Violante conversava de noite com um moço da vizinhança, um que costumava passear de velocípede. As vezes, um soldado parava defronte, junto do muro da Estrada, e ficava até tarde batendo a calçada".

— Um soldado?

— Ele tem farda, explicou a negra.

— E tu és capaz de reconhecê-lo, se o vires?

A negra fez um momo:

— Hum... eu sou, como não? mas eu tenho muito medo dessa gente, nhonhô. Ele é alto, tem bigode preto. Mas nhonhô não me chame, sou uma pobre velha, ando por aí de noite sozinha. Tenho muito medo dessa gente.

— Mas é preciso, Felícia.

— Mas não foi ele não, nhonhô; vosmecê pode ficar certo de que não foi ele; Nhá Violante não gostava dele - cuspia, batia com a janela, fazia toda a sorte de desfeitas quando ele se punha a rondar a casa. Não foi ele não, nhonhô. Quem foi não é daqui, fique vosmecê certo. Numa rua