Fala!
Um risinho alegre ressoou-lhe na boca vermelha e fresca.
— Olha, não te ponhas com amuos agora. Temos muito tempo para brigar, ouviste? Como vai mamãe?
Ele resmungou:
— Ainda perguntas...!? Mamãe está à morte.
— De que, meu Deus! - exclamou num doloroso espanto, juntando as mãos enluvadas.
Paulo levantou a cabeça de ímpeto e, cruzando os braços energicamente, interrogou-a em murmúrio:
— Mas tu estavas doida, Violante?
Ela baixou o olhar, encolhendo os ombros.
— Não sei. Agora está feito. Não falemos nisso.
— Ah! não falemos nisso... E nós? mamãe, eu,..? Depois duma pausa perguntou: Onde estás morando?
— Em Botafogo.
— Onde?
— Na praia.
Deu-lhe o número, descreveu-lhe a casa, entre árvores, ao fundo de um jardim.
— Desde quando?
— Há uns quinze dias.
— E antes?
— Cheguei de Buenos Aires no sábado.
— De Buenos Aires!
— Sim.
— Grande doida! E agora?
— Agora quê?
— Pretendes ficar aqui?