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UBIRAJARA

Os animaes que passavam na floresta fugiram espavoridos, como si a borrasca ribombasse no céo.

Ainda uma vez encontraram-se os dois tacapes e voaram em lascas pelos ares.

— O ubiratan é forte; mas ha outro ubiratan que lhe resiste. Como o braço de Pojucan é que não ha outro braço. Já viste, joven caçador, o veado nas garras da giboia? Assim vais morrer.

— Si tu fosses a cascavel que sómente sabe morder, Jaguarê te esmagaria a cabeça com o pé e seguiria seu caminho. Mas tu és a giboia feroz e Jaguarê gosta de estrangular a giboia. Não morrerás pelo pé, mas pela mão do caçador. Lança teu bote, guerreiro tocantim.

Pojucan estendeu os braços e estreitou os rins de Jaguarê, que por sua vez cingiu os lombos do guerreiro.

Cada um dos campeões poz na luta todas as suas forças, bastantes para arrancar o tronco mais robusto da matta.

Ambos, porém, ficaram immoveis. Eram dois jatobás que nasceram juntos e entre-