Bom Cristóvão! Cristóvão grato ao Senhor!” Uma dama atirou-lhe a flor que tinha no seio. Os velhos baixavam a cabeça como na passagem de um justo.
O conde, adiante, tornara-se mais pálido. E nessa noite dizia, sentado à lareira, desapertando o gibão: “Quem me livrará daquele monstro que transvia o povo!” Os guardas, tendo combinado baixo a um canto, vieram, cercando a sua alta cadeira de espaldar, animar por adulação o seu secreto pensamento. Não era conveniente, na verdade, que um ser disforme, dos que se mostram nas feiras, ganhasse assim raízes no coração do povo... De resto, a sua força seria depressa domada com fortes correntes de ferro. E não havia, fora da cidade, um despenhadeiro, onde se poderia lançar o corpo do imenso bruto? E quando, na manhã seguinte, Cristóvão começava o seu almoço junto da catedral, um pajem veio, sorrindo, e convidou-o a ir à presença do príncipe, que lhe queria dar ouro, e vestidos que conviessem a um homem tão serviçal. Pensando que os vestidos serviriam a cobrir os presos, que a miséria trazia nus, Cristóvão sacudira as mãos, onde a broa se esfarelara, e obedeceu ao pajem, que corria para lhe seguir as passadas.
Apenas Cristóvão entrara no palácio, as grossas portas, eriçadas de ferros, foram fechadas. O conde, que estava num balcão, gritou agitando