fixadas no peito de couro.
Então a sua alegria foi extrema. Era como se estivesse no alto de uma torre que caminhasse. Ora o fazia parar para apanhar as mais altas flores dos medronheiros, que atirava ao chão; ora queria espreitar os ninhos; ora, espicaçando o peito de Cristóvão, corria agarrado aos seus cabelos, como as rédeas de um ginete. E assim voltou ao castelo, onde a mãe e a avó, na grande varanda de pedra, apertavam as mãos, entre inquietas e agradadas, ao ver assim o menino cavalgar o gigante, como nos contos dos menestréis.
E desde esse dia a melhor alegria do menino foi cavalgar Cristóvão. Eram então grandes correrias em torno às muralhas, ou em volta dos fossos, por vezes mais longe, até a floresta, Cristóvão sempre trotando, o menino sempre rindo. E assim pouco a pouco o menino se afeiçoara a Cristóvão, como um cavalo que o compreendia, o fazia rir, com corcovos violentos, ou passos largos e ondulados, como os de um vasto dromedário. Cristóvão também, pouco a pouco, se dera de todo o coração à criança. Quando o sentia sobre os ombros, toda a sua face se alumiava. Por mais fortemente que lhes puxasse os cabelos, só sentia a carícia das suas mãos. Para o fazer rir, relinchava como um corcel de guerra; ou fingia medo, não queria avançar, e as esporas do