assim aliviado de todo o fardo, foi marchando contente e cantando os louvores do Senhor.
O velho era o servo de uma viúva, pobre, entrevada – que só o tinha a ele, e àquele jumento, e uma horta mal tratada de poucas ervas. Onofre nessa tarde amassou a farinha, rachou a lenha, acarretou água do poço, cavou o talhão de cebola, tirou os espinhos dos pés do servo, lavou as velhas chagas do burro, e junto do catre da viúva, que era cristã, para a consolar, contou a paixão do Senhor. E assim começou Onofre a sua obra entre os homens.
Mas bem depressa deixou a aldeia, que, rodeada de terras férteis, com poços abundantes, sob um ar muito doce, não abrigava, nos seus casebres, nem indigência, nem males. A simplicidade dessa vida não oferecia acção a um coração sedento de humildade.
A dois estádios, porém, da aldeia, havia a velha cidade de Bubastes, entre as águas Pelusíacás e o canal de Nécio, onde cada ano vinha de todo o Egipto a festiva peregrinação ao velho templo de Ftás, então dedicado a Artemis Grega.
Bubastes era rica em obeliscos e termas. As suas muralhas formidáveis estavam cobertas de estátuas. E nas longas avenidas, ao comprido das águas, sob os sicômoros e as palmeiras, todo o dia as tabernas e as casas esguias das cortesãs ressoavam dos cantos