este francês, que domina com a dupla influência da fina crítica e da forma perfeita?
Este Mestre ensina-nos simplesmente que nada na Terra vale, ou tem importância, senão os gozos que dá o amor, ou o esquecimento que dá a morte. Certamente, em boa filosofia, as duas coisas correlacionam-se: a morte e o amor; e há aqui uma grande lógica. Mas nem por isso deixa de ser o mais forte sintoma da decadência intelectual da França que este Mestre, este sábio, não abra os lábios, não tome a pena, senão para nos apontar alternadamente – ou para a alcova ou para o cemitério. E se, de Renan, descemos à grande massa da literatura – o estonteamento é ainda mais característico. No romance, que é a forma preferida da arte moderna, temos mais que em nenhuma outra a banalidade e a extravagância, instintivamente usadas para os dois grandes fins, os dois grandes objectos de todo o esforço parisiense – ganhar dinheiro e espantar a galeria, o gozo ou a gloríola. Na banalidade, com mais ou menos distinção, (porque tal é o requinte moderno que mesmo na banalidade há distinção), temos duas ou três individualidades que dão o tom por que as outras atrás afinam. É o Sr. Ohnet, o medíocre Sr. Ohnet, que ganha centenares de mil francos, fabricando, com pena fácil, para uso de uma larga democracia igualitária que tem um fundo de educação aristocrá-tica,