depois da geração de Hugo, de Lamartine, de Gautier – os Prudhommes, os Lisle e outros, têm entrado na Academia e no silêncio, e a sua influência salutar foi arrefecendo como um sol que declina, rompeu, com o crepúsculo, uma imensa, infrene orgia no Parnaso Francês. Tão infrene que as pessoas tímidas e honestas não se arriscam a aproximar-se – e, como no tempo de Baco, os homens graves da planície param aterrados, e de longe contemplam, sem ousar ver de perto, as tochas e os gritos das Coribantes perpassar, enchendo de desordem, de troça e de escândalo, a espessura do bosque sagrado.
Eu, pelo menos, educado com Musset e Hugo, não ouso aproximar-me desses Coribantes, e dos seus livros. Jamais abri um desses livros amarelos, dentro dos quais passam estrofes, com bulhas e gritos intoleráveis. Sei apenas que esses novos se chamam a si mesmos, com uma sublime sinceridade, os Decadentes, os Incoerentes, os Alucinados. Têm as suas coteries, como quem diria os seus Colégios Sacerdotais, celebram em comum os seus ritos, e, como todos os Colégios Sacerdotais, redigem os seus anais, em cadernetas que se chamam o Jornal dos Incoerentes, a Revista dos Alucinados... Zelosos dos seus privilégios, detestando as confrarias rivais, todo o tempo em que não desonram o Monte Olimpo, com