NO SEIO DA TERRA


Do pélago dos pélagos sombrios
Lá do seio da Terra olhando as vidas,
Escuto o murmurar de almas perdidas,
Como o secréto murmurar dos rios.

Trazem-me os ventos negros calafrios
E os soluços das almas doloridas,
Que têm sêde das Terras promettidas
E mórrem como abutres erradios.