XXXI

Setembro 1871.

Os jornaes de Madrid contaram que S. A. R o principe Humberto todas as noites, em Madrid, ia tomar o seu sorvete a um café onde geralmente se reunem os italianos. Esta familiaridade, inteiramente contemporanea da Internacional, enchia de um jubilo espumante a imprensa monarchica e o dono do estabelecimento. Em Lisboa lia-se isto — e esperava-se o principe Humberto, se não como um principe, ao menos como um consumidor! S. A. porém chegou, esteve, partiu devagarinho, em bicos de pés, para não despertar ninguem, e se tomou café não teve a inspiração de o tomar no Martinho! (Tanto a etiqueta cohibe os instinctos mais naturaes!)

A população de Lisboa, ficou desconfiada, sem saber se a abstenção de S. A. significava economia, se desdém. No primeiro caso queria propô-lo deputado reformista por Vouzela ou Palhares, ficando assim definitivamente acomodada na pení