lhe censuraremos bastante, foi-os levando, e paqueló após paqueló, destruiu na índia todo o poder lusitano. Hoje duas ou três companhias de mouros compõem a guarda fiel: estes pobres mouros arrastam na vadiagem os sapatos rotos, e estimulam o seu entranhado patriotismo com aguardente de banana, bebida alucinadora que leva à caquexia! — O que hoje há, pois, nessa índia gloriosa e tradicional, para policiar e sustentar o poder português, é um bando de mouros sujos, idiotas, e bêbedos de aguardente!

Pois bem! ainda assim uma revolta na índia não tem seriedade. E o motivo é que os oficiais, que, para terem maior número de rupias no seu soldo, tentaram uma revolta, vêem-se, realizada ela, singularmente embaraçados. Vêem-se sós.

Em primeiro lugar os soldados não vão por um impulso próprio. Divididos em castas, fracos, ignorantes, odiando-se, sem terem interesse comum ou vontade comum — vão unicamente porque os seus oficiais, no primeiro momento, lhes mandaram que fossem. É mesmo assim — como eles dizem. Se contra eles, porém, se apontar uma espingarda fiel — como estão ali, não em virtude da revolta sua, mas por obediência à revolta alheia — dispersam.

E depois, os oficiais revoltados não têm rancho