XXXV

Outubro 1871.

Sahiamos do Antony. Um pouco adeante de nós, subindo a rua Nova do Carmo, vinham conversando dois hispanhoes, espadaúdos e robustos. No alto da rua, ao fundo do Chiado, alguns fadistas, n’um grupo ruidoso, tocavam guitarra.

Sahiamos do Antony. Um pouco adeante de nós, subindo a rua Nova do Carmo, vinham conversando dois hispanhoes, espadaúdos e robustos. No alto da rua, ao fundo do Chiado, alguns fadistas, n’um grupo ruidoso, tocavam guitarra.

Quando os dois hispanhoes passavam, os fadistas rompem a chasquear e, para variar um pouco os seus prazeres, esbofeteiam um hispanhol. O outro então, surprehendido, ergue a mão, e, com um vigor castelhano, dá em redor algumas bofetadas sonoras e fulminantes que fizeram rolar na lama os magros tocadores de guitarra.

N’isto uma patrulha, que descia o Chiado, vem pé ante pé, faz um cêrco, e tomando as espingardas pela coronha começa por atirar ás costas do hispanhol uma pancada horrivel, que o deixa rendido, suffocado, a arquejar. A esse tempo já um fadista gania, escalavrado, sob outra coronhada