e nós que é um grotesco. E se o século XX aprofundar esta questão, dirá que o Clamor do Povo é um romântico de xácara — e as Farpas umas burguesas de senso.

O Clamor do Povo diz que mais generoso que nós foi Vítor Hugo que, nos

Châtiments, deixa no silêncio a mulher de Luís Bonaparte. Mas, nesse tempo, o Clamor sabe que a Srª condessa de Teba ainda não era casada; era apenas uma loura amorosa, dançando nas Tulherias uma valsa desinteressada com o galante de Failly, coronel de guias! Hugo não podia prever na noiva de Saint-Cloud a regente de França. Por este lado ainda mais generoso que Hugo, creia o Clamor — foi Tito Lívio!

Diz o Clamor do Povo que não devíamos acusar a Srª D. Eugénia porque nunca recebemos ofensas de Napoleão III. Mais pasmado ficará o excelente jornal quando lhe afirmarmos que Nero foi um celerado — e todavia, pela nossa honra o juramos, nunca, nunca recebemos de Nero a mais ligeira descortesia! E por esse lado Michelet, Guizot,

Martin, só poderiam escrever a história de França se tivessem sido esbofeteados no boulevard — por Carlos Magno ou Pepino o Breve!