Público, estás pois assim naturalista e ateu? És então um falso devoto? Por cima da tua sotaina de sacristão pões uma faixa escarlate de membro da comuna? O Bem! Espalhas tu água benta ou petróleo? Treme, desgraçado! enquanto a Nação tua irmã, enquanto o

Diário Nacional, a Crença, estarão muito contentes no Paraíso, tu, Bem Público, excluído da bem-aventurança por teres renegado a fé, errarás, como uma sombra aflita, na vastidão do céu negro, através de interminável dor, aos encontrões com as sombras condenadas de Sardanápalo, o pagão, e do aborrecido Pilatos!

Ah! Bem Público, excêntrico maganão, conserva-te quieto na tua doce sombra!

Reza, jejua, canta no coro, usa cilício — mas deixa-nos em paz.

Contenta-te em ser um jornal boa pessoa, pesadote e pacatote — e a ter o inteiro aplauso de antigos egressos. Mas não venhas interpor-te no nosso caminho. Toma ao teu canto o teu rapé, e usa em silêncio a tua flanela. E serás grande, ó Bem! ó bom Bem! á

Bem bom! Bum!