Enquanto a eleições, os srs. eclesiásticos são os mais lesados em que haja incompatibilidade entre a qualidade de católico e de agente de eleições, porque a carreira sacerdotal de SS. Sª depende essencialmente da sua habilidade eleitoral: e SS.

S.as não foram subtis apresentando a caça ao voto incompatível com a devoção a Roma.

Querem os srs. párocos definitivamente abandonar a urna? Então SS. S.as arriscam-se a criarem bolor nas suas pobres paróquias de aldeia. Pretendem continuar a proteger candidatos? Em tal caso perdem a sua natureza católica e não podem ganhar pelo altar.

Quererão SS. S.as dizer-nos que não trabalham em eleições? É a sua missão mais clara e efectiva. Na última eleição, numa diocese próxima de Lisboa, a autoridade eclesiástica superior oficiou aos párocos de todas as suas freguesias para que desenvolvessem o maior zelo, influenciassem, por todos os modos patentes e ocultos, na luta política. E por esta estrada de votos que se chega às boas paróquias.

Enquanto a socorros e protecção — não nos parece que os srs. sacerdotes sejam muito mais hábeis, declarando que ser católico é incompatível com ser beneficente.

O clero começa a reconhecer entre a Igreja e a vida incompatibilidades inesperadas.

Devem lembrar-se que a Igreja vive de esmolas! que o Papa vive de esmolas! E essa teoria