pelas costas. O menino levou a mão à ferida e arrancou a arma, que os dedos de um morto já não seguravam.

Em seguida, horrorizado pela idéia de ter sobre si um cadáver, moveu-se bruscamente e fez rolar para um lado o peso que o oprimia.

Nesse momento, um brado pungente veio perturbar o silêncio da noite. Uma voz de criança gritou ao longe:

— Otávio! Otávio!

— É ela! É ela! exclamou o menino em francês.

O chefe da quadrilha fugia pelo mato com Rosalina ás costas. Otávio quis levantar-se para socorrer a quem o chamava. O infeliz não teve forças. Erguendo-se, por um instante, caiu prostrado.

— Meu Deus!... disse, apenas, e rompeu em soluços.

— Otávio! Otávio! repetiu mais longe a voz de criança.

— Ai! gemeu com desespero o menino.

Por um esforço inaudito, pôs-se de pé, mas não conseguiu dar um passo sequer... Caiu de novo... Ficou sem movimento no chão... Balbuciou:

— Meu pai, está satisfeito?

E morreu...

— Otávio! Otávio!

Estes gritos lancinantes partiram ainda uma vez do âmago das trevas, mas já fracos... imperceptíveis quase.

Depois, mais nada... a noute a ciciar um cântico sobre a hecatombe.