ficou narrado, o chefe ordenou que fossem examinadas as circunvizinhanças da clareira e o alto do arvoredo.
Iam os dous negros trepando pelo tronco de uma árvore, mas desceram logo e se precipitaram na clareira, gritando:
— O espião! o espião! Vai fugindo por ali!
Estendiam a mão na direção do povoado de S. João do Príncipe. Tinham ouvido os passos dos exploradores que fugiam.
— Hoje temo-lo seguro! exclamou o chefe.
Em um instante ergueram-se todos os malfeitores, acenderam alguns fachos e com eles lançaram-se na pista do espião assinalado pelas sentinelas, indo a frente o chefe. Conquanto a essa hora a lua em minguante estivesse ainda muito acima do horizonte nenhuma claridade havia na floresta que não fosse a dos últimos tições da fogueira. Logo que as balsas a encobriram, apenas os fachos dos bandidos deixaram-lhes ver o caminho.
A perseguição não durou muito tempo. O chefe conheceu que o suposto espião ia escapar-lhe mais uma vez, refugiando-se na povoação.
— Voltemos, disse ele.
E a quadrilha voltou para o acampamento.
Os quatro espanhóis que estavam incumbidos de oferecer serviços ao padre Jorge receberam do chefe as últimas instruções e, tomando ferramentas de lavoura, partiram apressadamente para o povoado...
Um luar fraco insinuava-se por entre a habitação de S. João do Príncipe e cobria de lívidas tintas o chão das vielas.