Úrsula ainda tão nova começou a vergar sob o peso de tantas comoções encontradas. Pálida e abatida, semelhava o lírio do vale, que a calma emurcheceu. Era débil para tão grandes embates.

Na sua solidão o homem tinha ido perturbar-lhe a virginal pureza do coração para dar-lhe uma nova existência – o amor; e depois ainda o homem, invejoso dessa momentânea e fugaz felicidade, veio roubar-lhe a tranquilidade do espírito, e envenenar-lhe a suave esperança de uma vida risonha e venturosa, espremendo-lhe no coração a primeira gota de fel do cálice que ela devia libar até as fezes.

Ela, conturbada e aflita, recolhia-se em si para meditar nas expressões ardentes e ameaçadoras do homem da mata, que a amedrontavam, e que a gelavam até o fundo da alma.