não tardou muito em descobrir as negras paredes do templo, onde uma lua minguada projetava tíbia claridade.
E Túlio avistou um coche, cujos cavalos, mordendo o freio, iam já partir para a cidade.
Depois ouviu pronunciar-se um adeus, logo depois outro, e o coche partiu a trote largo. Outro coche, porém, estava ainda postado à porta da igreja.
Faltavam-lhe já forças, estava aniquilado de cansaço, entretanto corria sempre; porque o coche que passou não era o dos noivos, e ainda talvez fosse tempo de salvá-los.
Na sua carreira, pressentiu um vago rumor à beira da estrada, e um vulto negro que se escondeu atrás de uma árvore copada. Uma tal aparição veio dar-lhe novas forças, e a suspeita fê-lo ativar a sua carreira.
— São eles! – disse a si mesmo, e no ardor da sua dedicação gritou com voz que repercutiu na solidão.
— Cilada, senhor... Querem assassi...
Dois tiros de pistola disparados ao mesmo tempo ressoaram com pavoroso estampido, e Túlio não acabou a palavra!
A mão que os disparou era certeira, e ele, moribundo, só pôde exclamar:
— Jesus! Eu mor...ro!...
Então Tancredo e sua jovem esposa, que acabavam de entrar no coche, tremeram de dor e de surpresa. Reconheceram que a voz era a de Túlio, que lhes advertia na íntima desesperação da sua alma.
E Tancredo bradou desatinado:
— É ele, é o meu fiel Túlio! Monstros! Porque o assassinaram? – e deu um passo para ir socorrê-lo; mas Úrsula puxou-o pelo braço, dizendo-lhe: