de ciume, impotente, amaldiçoava a hora em que a amara.

Ela depois também chorou, e chorou muito; porque as dores que o céu lhe enviou foram bem graves. Casou segunda vez, e o novo esposo, que não amava a sua deslumbrante beleza, a arrastou de aflição até o desespero.

E o remorso, que lhe pungia na alma, aumentava a grandeza das suas mágoas, porque a imagem daquela mulher, que tanto a amara, e cujos dias ela torturou sem piedade até despenhá-la no sepulcro, se lhe erguia melancólica na hora do repouso, e a amaldiçoava.

E depois eram já tão amargos os seus dias, que buscou afanosa a morada do descanso e da tranquilidade.

De todas essas vítimas do amor, apenas restam vestígios sobre a terra da desditosa Úrsula.

No convento de ***, junto ao altar da Senhora das Dores encontra-se uma lápide rasa e singela com estas palavras – ORAI PELA INFELIZ ÚRSULA!

FIM