Minha desvelada mãe aguardava-me tremulada e ansiosa, e perguntou-me aflita:
— Recusou?
— Não, senhora – tornei-lhe amargurado.
— Louvado seja o Senhor! – exclamou então com reconhecimento, mal compreendendo o excesso da minha dor, e lágrimas de satisfação lhe regaram as faces.
E Adelaide erguendo as mãos aos céus, e fitando neles seus grandes olhos úmidos de prazer, parecia concluir a oração começada por minha mãe.
— Adelaide, – disse-lhe – não cedas assim aos transportes de uma ventura, que ainda se envolve nas sombras do porvir; porque o despertar te seria doloroso. Meu pai impôs-me dura condição, e eu submeti-me a ela. Meu Deus! Que posso eu fazer? Sabeis qual seja?