— Agora – prosseguiu o mancebo, após alguns momentos de profundo silêncio – agora se não fôsseis vós, minha Úrsula, que de novo acabais de prender-me à vida, que me restaria sobre a terra?
No exílio, encerrado entre as paredes silenciosas da minha morada, aí eram comigo as saudades dum estremecido amor, e as fagueiras esperanças de um porvir de afetos e ventura. Loucas esperanças eram essas! Não podia imaginar que sob as aparências de um anjo essa pérfida ocultava um coração traidor como o do assassino dos sertões.
Recebia constantemente cartas de minha mãe, em que me falava de Adelaide, animava-me no meu desterro, e não dirigia queixas contra o seu marido.