Nem um; não tenho ninguém de quem me valer. Acredite, Sr., que para chegar a este estado de recorrer à piedade dos que não me conhecem, foi preciso ver meus pobres filhinhos nus, e chorando de fome, os coitadinhos. BRAGA (dentro do balcão) – Temos choradeira! ERNESTO – Corta o coração, não acha? Torne, minha Sra.; sinto não poder dar mais; porém não sou rico. (Dá uma nota.) D. LUÍSA (Examinando a nota) – Cinco mil-réis!... (Olha ERNESTO com ar de zombaria e sai). ERNESTO – E esta! Nem sequer um obrigado; julga que não lhe fiz favor? BRAGA – Ora o Sr. ainda deixa-se lograr por esta gente? ERNESTO – E o Sr. não viu? Por que não me avisou? BRAGA – Não gosto de me intrometer nos negócios dos outros. ERNESTO – Boa moral!... Oh! mas esta não aturo. (Vai sair correndo e encontra-se com TEIXEIRA, JÚLIA e D. MARIANA que entram.)