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Sr. Custódio. CUSTÓDIO – Dê-nos notícias suas. Sem mais. . . D. Júlia! (Sai.)

CENA IX

ERNESTO, JÚLIA

(ERNESTO vem sentar-se na conversadeira junto da JÚLIA; ambos estão confusos). JÚLIA (erguendo a cabeça) – Então, meu primo, ainda não me disse se leva saudades do Rio de Janeiro? ERNESTO – É preciso que lhe diga, Júlia! JÚLIA – Naturalmente não sente deixar a corte; não achou aqui atrativos que o prendessem; viu uma grande cidade, é verdade; muita gente, muita casa, muita lama. ERNESTO – Sim, mas no meio desse vasto montão de edifícios, encontra-se aqui e ali um oásis magnífico, onde a vida é um sonho, um idílio; onde nada falta para a comodidade da existência e o gozo do espírito; onde apenas se forma um desejo, ele é logo satisfeito. Vi alguns desses paraísos terrestres, minha prima, e vivi três meses em um deles, aqui nas Laranjeiras, nesta casa... JÚLIA –