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VERSOS DA MOCIDADE


E hasde ser infeliz porque te amo! E perdido
De amor, eu sofrerei a incomparavel magua
De receber de ti, culpado e arrependido,
A bençam desse olhar nuns olhos razos d’agua!

Olha para o porvir — largo caminho aberto
Sobre um chão todo em flor, sob um ceu pleno de astros;
Deixa o passado! Esquece os plainos do deserto
Onde se irá perdendo a sombra dos meus rastros!

Não chores! Para ti abre-se a vida em flores...
Deixa-me só, caído á beira do caminho!
Sê feliz sem remorso! Esquece-me!... E não chores...
Menos padecerei, padecendo sózinho.

Adeus! Deixa-me! Vê: tenho os olhos serenos,
Fito quazi contente o meu sonho em pedaços...
Morrer de ver-te a rir nos braços de outro — é menos
Bem menos que te ver, chorando, nos meus braços.

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