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Não, respondi, isto não passou de uma conversa: ha ainda muito que aprender.

Que me ensinarás ainda?

Respondi — si quizeres morar commigo eu te ensinarei, ou te farei ensinar muita coisa, mas não te posso baptisar ja, sem primeiro saberes a doutrina de Tupan. Quero experimentar tua constancia, e esperar nossos padres que não tardam a chegar conforme me prometteram. Elles te baptisarão, e irão comtigo fazer a casa de Deos na tua aldeia, e não te deixaram mais.

Antes d’isso não deixes de repetir na tua caza grande á teos similhantes o que sabes: não faças mais feitiçarias, e assim nós, e todos os francezes, te estimaremos, e sempre serás bem vindo.

Prometto, disse elle, e cumprirei minha palavra. Bem desejo que tu me lavasses agora. Não deixarei de te vir visitar muitas vezes, porque sempre aprenderei alguma coisa.

Chamou então seos companheiros, que ficaram por todo este tempo na porta da igreja.

Que obediencia e respeito entre os selvagens! Mandou que se aproximassem ao altar e á elles repetio o que lhe ensinei, mostrando-lhes as imagens e explicando o que representavam.

Esta pobre gente estava como que fóra de si, mostrando-se admirada a seo geito, e depois despedio-se e foi para o Forte de S. Luiz, onde embarcou e regressou á sua terra.

Veio depois visitar-me para tratar do mesmo objecto, e contou-me como cumprio suas promessas, fallando na caza grande, e repetindo o que lhe ensinei, e affirmou que todos se fariam christãos logo que elle fosse baptisado, o que me pedio ainda uma vez.

Animei-o a continuar a proceder assim, e dei-lhe esperança de que seria baptisado em pouco tempo, apenas chegassem os Padres de França.

Conversamos ainda sobre os objectos, de que já nos tinhamos occupado da primeira vez, e com avidez recebia