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Beijando humildemente vossas mãos, e recommendando-nos á senhora vossa mulher, somos de vós e d’ella

Vossos humillissimos servos em Nosso Senhor.

Frei Claudio d’Abbeville.
Frei Arsenio de Pariz.

Narração de um marinheiro, vindo do mesmo paiz, feita ao Revd. padre Guardião do Havre da Grace, e por este communicada ao Revd. padre Commissario.

Revd. Padre, eu vos saúdo humildemente em Nosso Senhor.

O fim d’esta é communicar-vos, que veio hoje procurar-me um marinheiro, que vio e fallou com os nossos Irmãos, que estão em Maranhão com os Tupinambás, onde felizmente chegaram no dia 8 de Julho.

Este marinheiro ahi ouvio missa, e á ella assistio com muito respeito um velho selvagem do paiz, acompanhado por 25 ou 30 indios.

Quando chegou o tempo de consagrar-se e elevar-se a santa hostia, desceo um véo, causando-lhes isto admiração.

Recebida a explicação mostraram-se satisfeitos, e logo começaram a contar por toda a parte o que viram, e por isso vieram muitos ajudal-os a edificar sua habitação e Forte, ja em principio.

Veio o marinheiro em 22 de Agosto no navio de Moisset, recommendado ao Sr. de Manoir, a quem, segundo pensa, terão nossos Irmãos entregado suas cartas, ou a algum outro official de navio, o que me dispensa de contar-vos outras particularidades.

Não mudaram, e nem mudarão a côr dos seos habitos, usando apenas de um tecido mais leve do que o nosso, por causa do calor.