rugindo, com o revólver na mão. Benedito canta à porta de uma:
Ai! Tem pena do Benedito
Do Benedito Cabeleira.
Mas também há casas de famílias, com meninas decentes. Um dos seresteiros, de chapéu panamá,. diz de vez em quando:
- Deixemos de palavrada, que aqui é família!
Sim, são famílias, e dormindo tarde porque tais casas parecem ter gente acordada, e a vida noturna ali é como uma permanente serenata. Pergunto a profissão de cada um. Quase todos são operários, "mas estão parados". Eles devem descer à cidade, e arranjar algum cobre. As mulheres, decerto, também descem para apanhar fitas nas casas de móveis, amostras de café na praça - "troços por aí. E a vida lhes sorri e não querem mais e não almejam mais nada. Como Benedito fizesse questão, fui até à sua casa, sede também do Clube das Violetas, de que é presidente. Para não perder tempo, Benedito saltou a cerca do quintal e empurrou a porta, acendendo uma candeia. Eu vi, então, isso: um espaço de teto baixo, separado por uma cortina de saco. Por trás dessa parede de estopa, uma velha cama, onde dormiam várias damas. Benedito apresentou vagamente:
- Minha mulher.
Para cá da estopa, uma espécie de sala com algumas figurinhas nas paredes, o estandarte do clube, o vexilo