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Graciliano Ramos

tos. Livres dos nomes, as coisas ficavam distantes, mysteriosas. Não tinham sido feitas por gente. E os individuos que mexiam nellas commettiam imprudencia. Vistas de longe, eram bonitas. Cheios de admiração e de medo, falavam baixo para não desencadear as forças extranhas que ellas porventura encerrassem.

Baleia cochilava, de quando em quando balançava a cabeça e franzia o focinho. A cidade se enchera de suores que a desconcertavam.

Sinha Victoria enxergava, atravez das barracas, a cama de seu Thomaz da bolandeira, uma cama de verdade.

Fabiano roncava de papo para cima, as abas do chapeo cobrindo-lhe os olhos, o quengo sobre as botinas de vaqueta. Sonhava, agoniado, e Baleia percebia nelle um cheiro que o tornava irreconhecivel. Fabiano se agitava, soprando. Muitos soldados amarellos tinham apparecido, pisavam-lhe os pés com enormes reunas e ameaçavam-no com facões terriveis.