lizmente os meninos dormiam na esteira, por baixo do caritó onde sinha Victoria guardava o cachimbo.
Uma noite de inverno, gelada e nevoenta, cercava a criaturinha. Silencio completo, nenhum signal de vida nos arredores. O gallo velho não cantava no poleiro, nem Fabiano roncava na cama de varas. Estes sons não interessavam Baleia, mas quando o gallo batia as asas e Fabiano se virava, emanações familiares revelavam-lhe a presença delles. Agora parecia que a fazenda se tinha despovoado.
Baleia respirava depressa, a boca aberta, os queixos desgovernados, a lingua pendente e insensivel. Não sabia o que tinha succedido. O estrondo, a pancada que recebera no quarto e a viagem difficil do barreiro ao fim do pateo desvaneciam-se no seu espirito.
Provavelmente estava na cozinha, entre as pedras que serviam de trempe. Antes de se deitar, sinha Victoria retirava d’ali os carvões e a cinza, varria com um molho de vassourinha o chão queimado, e aquillo ficava um bom lugar para cachorro descançar. O calor afugentava as pulgas, a terra se amaciava. E,