Fabiano metteu-se na vereda que ia desembocar na lagoa secca, torrada, coberta de catingueiras e capões de mato. Ia pesado, o aiol cheio a tiracollo, uma porção de lategos e chocalhos pendurados num braço. O facão batia nos tocos.
Espiava o chão como de costume, decifrando rastos. Conheceu os da egua russa e da cria, marcas de cascos grandes e pequenos. A egua russa, com certeza. Deixara pêlos brancos num tronco de angico. Urinara na areia e o mijo desmanchara as pegadas, o que não aconteceria se se tratasse dum cavallo.
Fabiano ia desprecatado, observando esses signaes e outros que se cruzavam, de viventes menores. Corcunda, parecia farejar o solo — e a catinga deserta animava-se, os bichos que ali tinham passado voltavam, appareciam-lhe diante dos olhos miudos.