Acocorada junto ás pedras que serviam de trempe, a saia de ramagens entalada entre as coxas, sinha Victoria soprava o fogo. Uma nuvem de cinza voou dos tições e cobriu-lhe a cara, a fumaça inundou-lhe os olhos, o rosario de contas brancas e azues desprendeu-se do cabeção e bateu na panella. Sinha Victoria limpou as lagrimas com as costas das mãos, encarquilhou as palpebras, metteu o rosario no seio e continuou a soprar com vontade, enchendo muito as bochechas.

Labaredas lamberam as achas de angico, esmoreceram, tornaram a levantar-se e espalharam-se entre as pedras. Sinha Victoria aprumou o espinhaço e agitou o abano. Uma chuva de faiscas mergulhou num banho luminoso a cachorra Baleia, que se enroscava no calor e cochilava embalada pelas emanações da comida.

Sentindo a deslocação do ar e a crepitação dos gravetos, Baleia despertou, retirou-se pru-