O noivo, então, se encostou
Muito immundo o pestilento,
Satanaz, buscando o fogo,
Celebrou o casamento...
O noivo agarrou a noiva,
Uamnou-se, de inferno a dentro.

Então, houve grande festa
De enxôfre e breu derretido,
Beberam fél de dragão,
O noivo ficou distraido,
Sobrou festa que até hoje
Os diabos têm comido.

Inda tem festa guardada
Para certa occasião:
Para esses nova-seitas
Que andam pelo sertão,
Quando chegarem no inferno,
Inda encontrar seu quinhão.

De conformidade com a paremia espanhola, solo Dios acierta a reglar con regia tuerta. O nosso povo repete isso, dizendo que Deus escreve direito por linhas tortas. Annotei, no alto sertão parahybano, uma historia tendente a demonstrar a veracidade desse proloquio. Um individuo casado e extremamente fido aos seus deveres de chefe de familia consagrava os seus affectos a tres entes: a mulher, um filhinho e um cavallo. Certa noite, em sonhos, uma voz lhe ordenou de se tornar devoto de Santo Antonio. O casal redobrou de religiosidade e começou a cultuar, com viva fé, áquelle Santo. Mezes depois, o homem,

Um dia, estando dormindo,
Accordou sobresaltado,
Correu, foi ver a cocheira:
Estava o cavallo laçado,
Com a corda no pescoço
Tinha morrido enforcado.