Rosa Amelia interrompeu-a,
Dizendo: — “Isto é um castigo!
Que pensamento infeliz,
Minha irmã, tú tens comtigo!
Pensa logo noutro moço,
Nequinho casa é commigo!”
Então, bradou Flor do Dia:
— “Isto não! Nequinho é meu,
Que elle, noite de S. João,
Em sonho me appareceu
E, depois disto, meu tio
A meu pae já prometteu...”
Falava tudo a um tempo,
Azedou-se a discussão,
Passaram a jogar murro,
Tapa, dentada, empurrão,
Até que chega a mãe dellas
Com uma peia na mão.
A velha, chegando, viu
As tres moças agarradas,
Falou, não foi attendida,
Inda deu umas peiadas
E gritou: — “Venha, meu velho,
As menina estão damnadas!”
Com a presença do velho
Ellas se apartaram, então,
E todas tres, a um tempo,
Disseram que a questão
Foi devido a casamento,
Cada qual tinha razão...
Disse o velho para a velha:
— “Não deixe isto vir a lume,
Castigue esta canalha,