Iaiá não se atreveu a olhar de rosto para ela; mastigou uma resposta esquiva e continuou o que estava fazendo.

— Que tens? perguntou Estela pegando-lhe dos braços e fazendo-a voltar para si. Você chorou?... Chorou, sim; tem os olhos vermelhos. Que foi? Iaiá, fala; que é?

— Não é nada, acudiu a outra procurando sorrir.

— Não minta, Iaiá.

A enteada olhou de relance para o espelho; viu que era inútil mentir.

— Foi uma tolice, disse ela.

— Alguma travessura?

— Antes fosse!

Iaiá pegou do retrato que pusera na borda do mármore do lavatório, e olhou alguns instantes para ele. Estela quis conchegá-la a si, mas a enteada fugiu-lhe com o corpo.

— Trata-se... de teu pai? perguntou a madrasta.

Iaiá fitou-a e respondeu:

— Sim, mamãezinha; estava a sacudir a poeira do retrato de papai, e comecei a pensar... foi uma loucura... se ele... morresse?

Estela repreendeu-a com uma interjeição; Iaiá quis